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A hipersensibilidade auditiva, caracterizada por uma reatividade exagerada a sons e uma diminuição da tolerância sonora, afeta significativamente a qualidade de vida de indivíduos com autismo e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Essa condição pode se manifestar como hiperacusia (sensibilidade aumentada a sons de alta intensidade) ou misofonia (reação negativa a sons específicos), impactando o bem-estar geral e a capacidade de concentração.

Um estudo recente investigou a relação entre a atenção, a hipersensibilidade auditiva e a ansiedade em adultos com e sem autismo e TDAH. Os resultados apontam para uma possível conexão entre a atenção e a hiper-reatividade auditiva em pessoas neurodivergentes. A pesquisa analisou dados de 492 adultos, incluindo grupos com TDAH, autismo, ambos os diagnósticos e um grupo de comparação. Através de questionários, foram avaliados aspectos como hiperfoco, desatenção e diferentes formas de hipersensibilidade auditiva, além de uma medida psicoacústica para avaliar a reação a sons que tipicamente desencadeiam misofonia. Os resultados indicaram que a hipervigilância, o hiperfoco e a desatenção estão relacionados à hipersensibilidade auditiva, que por sua vez está ligada à ansiedade, potencialmente refletindo um ciclo vicioso.

Ainda que os resultados reforcem a ligação entre a atenção e a hipersensibilidade auditiva, os autores do estudo ressaltam a necessidade de aprimorar os métodos de avaliação das experiências sensoriais. Uma melhor compreensão e medição da hipersensibilidade auditiva podem levar a intervenções mais eficazes e personalizadas, melhorando a qualidade de vida de indivíduos com autismo, TDAH e outras condições relacionadas. É fundamental que a área da saúde continue a investir em pesquisas que explorem as nuances da sensibilidade sensorial e seu impacto no bem-estar emocional e cognitivo.

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