Visão e Precisão: Como a Degradação Visual Afeta Seus Movimentos Diários
A capacidade de realizar tarefas manuais com precisão está intrinsecamente ligada à nossa visão. Dificuldades na acuidade visual e na sensibilidade ao contraste podem impactar negativamente a forma como interagimos com o mundo ao nosso redor, afetando desde pegar um objeto até tarefas mais complexas. Um estudo recente investigou profundamente como diferentes níveis de comprometimento visual afetam os movimentos de alcance e apreensão, componentes essenciais da preensão manual.
O estudo simulou a degradação da função visual em participantes com visão normal, utilizando diferentes densidades de filtros de oclusão. Os participantes foram solicitados a pegar um objeto cilíndrico de diferentes tamanhos e distâncias. Através da análise cinemática tridimensional, os pesquisadores observaram que a degradação visual induziu alterações significativas nos movimentos. Essas alterações incluíram um aumento na duração do movimento, redução na velocidade e aceleração, fases de desaceleração mais lentas, aberturas de preensão superdimensionadas e maiores desvios na trajetória.
Os resultados revelaram que reduções na acuidade visual acima de 70% e na sensibilidade ao contraste acima de 55% tiveram o impacto mais significativo. Surpreendentemente, mesmo reduções mais sutis, acima de 30% na acuidade visual e 15% na sensibilidade ao contraste, foram suficientes para desencadear mecanismos compensatórios no corpo. Essas descobertas destacam a importância da qualidade do feedback visual para o controle motor online, influenciando o transporte, a manipulação e os aspectos espaciais do movimento. Compreender essa relação pode trazer novas perspectivas sobre como as deficiências visuais afetam as habilidades manuais e como podemos desenvolver estratégias para mitigar esses efeitos.
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