Intervenções para Autismo: Qual o Melhor Modelo para Seu Filho?
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição complexa que afeta o desenvolvimento neurológico, impactando a comunicação, interação social e comportamento. Intervenções precoces e personalizadas são cruciais para melhorar a qualidade de vida de crianças com TEA e suas famílias. Um estudo recente investigou a eficácia de duas abordagens do Modelo Denver de Início Precoce (ESDM): individual (I-ESDM) e em grupo (G-ESDM).
A pesquisa, publicada no periódico Pediatric Research, acompanhou 404 crianças com TEA durante três meses de intervenção. Os participantes foram divididos em dois grupos: um recebeu o I-ESDM, com uma proporção de um profissional para cada criança, enquanto o outro participou do G-ESDM, com uma proporção de dois profissionais para cada seis crianças. Os resultados mostraram que ambas as modalidades de intervenção promoveram melhorias significativas nos sintomas clínicos, no desenvolvimento neurológico e na redução do estresse parental.
No entanto, o estudo revelou nuances importantes sobre a eficácia de cada modelo. O I-ESDM demonstrou ser mais benéfico para crianças com idade de linguagem inferior a dois anos. Já o G-ESDM apresentou melhores resultados para crianças com idade de linguagem igual ou superior a dois anos, ou com um Quociente Geral (GQ) igual ou superior a 70. Esses achados sugerem que a escolha da abordagem mais adequada deve considerar as características individuais da criança, como o nível de desenvolvimento da linguagem e as habilidades cognitivas. A flexibilidade e a personalização são, portanto, elementos-chave no planejamento de intervenções eficazes para crianças com TEA, visando otimizar os resultados e promover o bem-estar de toda a família. Consultar um profissional especializado é fundamental para determinar a melhor estratégia terapêutica para cada caso.
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