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O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurodesenvolvimental que afeta um número significativo de crianças, impactando a comunicação social e padrões de comportamento. Uma das manifestações mais desafiadoras associadas ao TEA são os comportamentos autolesivos (BAL), como bater a cabeça ou morder-se. Esses comportamentos podem causar ferimentos físicos e isolamento social, representando um grande obstáculo para o bem-estar do indivíduo e de seus cuidadores.

Embora as terapias comportamentais sejam frequentemente a primeira linha de tratamento para BAL, sua eficácia pode ser limitada em alguns casos. Isso leva à necessidade de intervenções farmacológicas. Uma droga que tem demonstrado potencial no manejo dos BAL é a gabapentina, um anticonvulsivante também utilizado para tratar dores neuropáticas. A gabapentina atua como um análogo do GABA, inibindo canais de cálcio dependentes de voltagem, e geralmente é bem tolerada, com efeitos colaterais leves como fadiga e tontura.

Um estudo de caso recente investigou o uso da gabapentina em um adolescente não verbal com TEA e BAL graves. Apesar de diversas avaliações e tratamentos, os comportamentos autolesivos persistiam, afetando significativamente sua qualidade de vida. A introdução da gabapentina oral, com doses gradualmente aumentadas, resultou em uma notável redução na frequência e severidade dos BAL em poucos dias. Os episódios tornaram-se mais curtos e gerenciáveis, sem relatos de efeitos adversos. Esse resultado sugere que a gabapentina pode ser uma opção eficaz para tratar BAL graves em pacientes pediátricos com TEA, especialmente quando há suspeita de dor crônica como fator contribuinte. Mais pesquisas são necessárias para confirmar esses achados e estabelecer diretrizes claras para o uso da gabapentina nessa população.

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