Distrofia Muscular de Duchenne: Controle do Tronco e a Importância do Monitoramento
A Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) é uma condição genética progressiva que afeta principalmente os músculos. Um novo estudo acompanhou a evolução do controle do tronco em indivíduos com DMD durante um período de 12 meses, buscando entender melhor a progressão da doença e a importância de intervenções precoces.
A pesquisa envolveu pacientes com DMD que ainda conseguiam andar, classificados de 1 a 6 na escala de Vignos, que mede a progressão clínica da doença. Avaliações foram realizadas no início do estudo, e novamente após 6 e 12 meses, utilizando uma ferramenta específica para avaliar o controle do tronco. Os resultados mostraram uma heterogeneidade notável: pessoas com o mesmo estágio na escala de Vignos apresentavam diferentes níveis de controle do tronco, e vice-versa. Mais importante, foi observada uma diminuição significativa no controle do tronco já nos primeiros seis meses de acompanhamento, com uma deterioração ainda maior após 12 meses.
Esses achados destacam a importância de monitorar de perto o controle do tronco em pacientes com DMD, mesmo durante a fase em que ainda conseguem andar. A deterioração precoce nessa função sugere que intervenções terapêuticas e de reabilitação focadas no fortalecimento do tronco devem ser implementadas o mais cedo possível. Os pesquisadores recomendam avaliações a cada seis meses para identificar rapidamente qualquer declínio e ajustar o plano de cuidados do paciente. A manutenção do controle do tronco impacta diretamente na qualidade de vida, na capacidade de realizar atividades diárias e na progressão geral da doença, tornando o monitoramento contínuo essencial.
Origem: Link