Saúde Desvendada

Seu local de informações de saúde

Um novo estudo explora as experiências sexuais de universitários autistas nos Estados Unidos, com foco em práticas sexuais consensuais e não consensuais, incluindo o sexo bruto (rough sex). A pesquisa, publicada no Journal of Sex Research, busca preencher uma lacuna existente na literatura, já que há pouca informação disponível sobre a sexualidade de adultos autistas, especialmente no contexto do sexo bruto, uma prática cada vez mais comum entre jovens.

O estudo envolveu 46 estudantes autistas de graduação e pós-graduação de uma universidade pública. Os participantes relataram uma variedade de experiências sexuais, tanto individuais quanto em parceria, incluindo práticas como puxar o cabelo (54,7%), palmadas leves (51,3%) e sufocamento consentido (42,5%). Uma parcela menor relatou envolvimento em ‘não consentimento consensual’ (12,5%) e auto-sufocamento durante a masturbação (19,6%). A maioria dos participantes descreveu suas experiências de sexo bruto como prazerosas, alegres, excitantes, íntimas, amorosas ou libertadoras. No entanto, uma porcentagem significativa também relatou sentimentos negativos, como angústia (60,0%), medo (30,0%) ou trauma (15,0%).

Um dado preocupante revelado pelo estudo é que cerca de um quinto dos participantes relatou ter vivenciado sexo bruto não consensual. Os resultados enfatizam a importância de incluir tópicos sobre diversidade sexual em programas de educação sexual para todos os estudantes, incluindo aqueles com autismo. A pesquisa destaca a necessidade de abordar práticas de maior risco (como sufocamento) e experiências não consensuais, integrando informações específicas sobre autismo e sexo bruto nos currículos de educação sexual de forma oportuna e proativa. Este conhecimento pode ajudar a promover relações saudáveis e seguras para indivíduos autistas, garantindo que tenham as ferramentas e informações necessárias para tomar decisões informadas sobre sua sexualidade e consentimento.

Origem: Link

Deixe comentário