Esclerose Muscular Espinhal Tipo 1: Nova Abordagem com Órtese Toracolombossacral Traz Resultados Promissores
A esclerose muscular espinhal (AME) tipo 1 é uma doença neuromuscular genética que causa fraqueza muscular severa, levando a deformidades progressivas na coluna e no tórax. Um estudo recente investigou o efeito do uso da órtese toracolombossacral (TLSO) em conjunto com cuidados pulmonares, reabilitação pulmonar individualizada e exercícios de tronco individualizados em crianças com AME tipo 1. O objetivo foi avaliar se essa combinação de tratamentos poderia melhorar a progressão da escoliose e as deformidades torácicas nestes pacientes.
A pesquisa envolveu 24 crianças com AME tipo 1, com idades entre 2 e 6 anos e com escoliose entre 20° e 40°. Os participantes foram divididos em dois grupos: um recebeu apenas os cuidados pulmonares, reabilitação e exercícios, enquanto o outro grupo recebeu esses mesmos tratamentos, além do uso da órtese TLSO. Após oito semanas de tratamento, ambos os grupos apresentaram melhoras significativas no ângulo de Cobb (que mede a escoliose), na deformidade torácica e na função motora. No entanto, o grupo que utilizou a órtese TLSO apresentou melhoras superiores em todos os parâmetros avaliados, demonstrando um efeito mais pronunciado.
Os resultados sugerem que a combinação de cuidados pulmonares, reabilitação individualizada, exercícios de tronco e o uso da órtese TLSO pode trazer benefícios significativos para crianças com AME tipo 1 que desenvolvem escoliose. O estudo reforça as recomendações atuais para o uso da TLSO em pacientes com ângulo de Cobb superior a 20° e destaca a importância da intervenção ortótica precoce e proativa, integrada a programas de mobilização e exercícios pulmonares e de tronco. É importante notar que o estudo teve algumas limitações, como o tamanho pequeno da amostra e o curto período de acompanhamento, o que indica a necessidade de estudos maiores e de longo prazo para confirmar estes resultados. No entanto, a pesquisa fornece evidências importantes sobre o potencial da TLSO como parte de um tratamento abrangente para escoliose em crianças com AME tipo 1.
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