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Estudos recentes revelam uma forte ligação entre a prática de atividade física e a melhora na qualidade do sono, além de benefícios para a função cognitiva, especialmente entre estudantes universitários. Uma pesquisa publicada na revista Frontiers in Psychiatry em 2025 investigou como diferentes níveis de atividade física impactam a arquitetura do sono e o desempenho cognitivo, utilizando dados coletados através de diários de sono, actigrafia (monitoramento do movimento) e polissonografia (exame completo do sono).

Os resultados demonstraram que estudantes mais ativos fisicamente apresentaram maior eficiência do sono, com aumento do tempo gasto no estágio 2 do sono não-REM (N2), um estágio importante para a consolidação da memória. Adicionalmente, observou-se uma redução no tempo de vigília após o início do sono (WASO) e no tempo total acordado durante a noite. A análise do eletroencefalograma (EEG) durante o sono revelou que a atividade física está associada a um aumento na potência das ondas sigma (lentas e rápidas) durante o sono NREM, e das ondas theta durante o sono REM, indicando uma melhora na qualidade e na estrutura do sono.

Um aspecto particularmente interessante da pesquisa foi a descoberta de que a atividade física está relacionada a níveis mais elevados de BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro) no sangue. O BDNF é uma proteína essencial para a saúde do cérebro, promovendo a plasticidade neuronal, o aprendizado e a memória. Além disso, os estudantes mais ativos demonstraram tempos de reação mais rápidos em testes de vigilância psicomotora (PVT), indicando uma melhora na atenção e na capacidade de resposta. Em suma, o estudo oferece evidências consistentes de que a atividade física regular pode ser uma estratégia eficaz para melhorar a qualidade do sono e otimizar a função cognitiva em jovens adultos, com o BDNF desempenhando um papel importante nesse processo.

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