Atividade Física e Saúde Mental: Um Olhar Inovador Sobre o Bem-Estar
Pessoas que enfrentam transtornos mentais graves frequentemente apresentam níveis mais baixos de atividade física em comparação com a população em geral. Essa disparidade contribui para um risco aumentado de doenças cardiovasculares, obesidade e diabetes, ressaltando a importância de entender e abordar os desafios relacionados à promoção da atividade física nesse grupo.
Um estudo recente explorou a percepção da atividade física por indivíduos com transtornos mentais graves, investigando as barreiras e facilitadores que influenciam seu envolvimento. Através de métodos inovadores como o ‘photovoice’ (onde os participantes usam fotografias para expressar suas experiências) e a co-criação, a pesquisa envolveu os participantes como co-pesquisadores, permitindo que suas vozes e perspectivas moldassem a análise dos dados. A análise temática reflexiva revelou que a atividade física é vista como uma prática socialmente integrada, essencial para o bem-estar emocional, a experiência corporal, o senso de pertencimento social e a construção da identidade.
Os resultados destacaram a importância do ‘Movimento Significativo’, que engloba a integração da atividade física na vida diária. A interação com outras pessoas, a natureza e os animais emergiu como um fator crucial para facilitar o acesso à atividade física. No entanto, o estudo também apontou para o acesso limitado à natureza, aos animais e a compreensão diferenciada da atividade física durante a hospitalização psiquiátrica. Essas barreiras estruturais restringem as oportunidades para que pessoas com transtornos mentais graves se envolvam em atividades físicas, limitando a capacidade dos profissionais de saúde em fornecer cuidados centrados na pessoa. Este estudo reforça a necessidade de estratégias personalizadas e sensíveis para promover a atividade física como parte integral do cuidado em saúde mental, considerando as complexidades sociais e ambientais que influenciam o bem-estar.
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