Ansiedade em Jovens: Nova Escala Pediátrica Avalia Melhora e Remissão
A ansiedade é um problema de saúde mental comum entre jovens, manifestando-se de diversas formas. Para auxiliar no acompanhamento e tratamento desses casos, a Escala Pediátrica de Avaliação de Ansiedade (PARS) é uma ferramenta importante utilizada por profissionais da saúde. Um estudo recente se dedicou a definir critérios mais claros para interpretar os resultados da PARS, buscando identificar com precisão quando um paciente apresenta melhora significativa, responde ao tratamento ou atinge a remissão dos sintomas.
A pesquisa envolveu uma análise detalhada de dados de 904 jovens diagnosticados com transtornos de ansiedade, incluindo uma parcela com autismo. Os pesquisadores utilizaram outras escalas de avaliação e entrevistas diagnósticas como referência para estabelecer limiares na PARS que indicassem diferentes níveis de progresso no tratamento. Os resultados apontaram que uma redução de pelo menos 4 pontos na escala, ou uma diminuição de 20%, sinaliza uma diferença clinicamente importante. Já uma redução de 8 pontos ou 43% indicaria uma resposta positiva ao tratamento. Além disso, pontuações entre 0 e 10 após o tratamento foram associadas à remissão parcial ou total, enquanto pontuações entre 0 e 5 indicaram remissão total.
Esses novos critérios para a PARS são valiosos porque oferecem aos profissionais de saúde uma maneira mais precisa e confiável de avaliar o progresso dos jovens em tratamento para ansiedade. É importante destacar que os limiares identificados se mostraram consistentes em diferentes grupos, incluindo jovens com e sem autismo, de diferentes idades e gêneros. No entanto, os pesquisadores alertam para a importância de interpretar os resultados com cautela, especialmente ao avaliar a diferença clinicamente importante, que pode variar entre diferentes populações. O estudo demonstra que a PARS é uma ferramenta útil para monitorar a ansiedade em jovens, desde que utilizada com os critérios de interpretação adequados.
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