Autismo: Autoanticorpos e a Possível Transmissão Transgeracional
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição complexa que afeta aproximadamente 1 em cada 31 crianças, mas as causas subjacentes permanecem um mistério na maioria dos casos. Pesquisas recentes têm explorado a ligação entre o TEA e os autoanticorpos contra o receptor alfa do folato (FRAAs), sugerindo uma possível conexão entre esses anticorpos e o desenvolvimento do transtorno.
Um estudo recente aprofundou a investigação sobre a presença e o papel dos FRAAs em famílias com indivíduos diagnosticados com TEA. A análise de dados de pesquisas anteriores revelou que certos fatores de risco associados ao TEA, como histórico familiar da condição e idade avançada dos pais no momento do nascimento, estão relacionados a níveis mais elevados de FRAAs nos filhos. Notavelmente, famílias com múltiplos casos de TEA demonstraram títulos de FRAAs mais altos, indicando uma possível predisposição genética ou hereditária. Além disso, foi observada uma correlação significativa entre os níveis de FRAAs nas mães e seus filhos, sugerindo uma possível transmissão transgeracional desses anticorpos.
O estudo também revelou um aumento nos títulos de FRAAs ao longo das gerações, especialmente em famílias com múltiplos casos de autismo, o que levanta a hipótese de que esses autoanticorpos podem desempenhar um papel no desenvolvimento do TEA. Embora a pesquisa ainda esteja em andamento, esses resultados sugerem que fatores não genéticos hereditários, como os FRAAs, podem contribuir para a etiologia do TEA, influenciando o desenvolvimento e a função cerebral. Compreender melhor a relação entre os FRAAs e o autismo poderá abrir novas vias para a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento do TEA no futuro.
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