Psilocibina e Autismo: Uma Análise Exploratória Promissora
O uso de psicodélicos no tratamento de diversas condições neuropsiquiátricas tem ganhado crescente atenção. Nesse contexto, uma análise exploratória recente investigou o potencial da psilocibina, um composto psicodélico, em indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), uma condição neuropsiquiátrica do desenvolvimento caracterizada por desafios na interação social, comunicação e comportamentos repetitivos.
A revisão analisou quatro estudos que exploraram a prescrição de psilocibina para pacientes com TEA. As indicações incluíram rigidez cognitiva, medo exacerbado, dificuldades sociais e comportamentais, e dificuldade em gerar imagens mentais. Em dois estudos, foram mencionadas a administração de microdoses e os intervalos de dosagem. Os resultados apontaram para um aumento na empatia, emocionalidade e sociabilidade, além de uma redução dos sintomas associados à condição ou comorbidades. As mudanças observadas foram comparadas com as de outras populações.
Embora os estudos incluídos apresentassem qualidade aceitável, o nível de evidência ainda é considerado baixo. No entanto, os achados descritivos revelaram um sinal terapêutico promissor em alguns indivíduos com TEA, especialmente em doses baixas, sem efeitos tóxicos ou disruptivos. À medida que as restrições ao uso da psilocibina são atenuadas, torna-se crucial a realização de estudos com um nível de evidência mais elevado para confirmar e expandir esses resultados iniciais, explorando o potencial terapêutico da psilocibina no tratamento do TEA.
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