Proteção Hepática e Cerebral: Desvendando o Papel do Nrf2/HO-1 em Doenças do Fígado
Milhões de pessoas em todo o mundo sofrem com uma variedade de doenças hepáticas e suas complicações, incluindo encefalopatia hepática, doença hepática gordurosa não alcoólica, lesão hepática alcoólica, hepatite viral, fibrose hepática, cirrose e carcinoma hepatocelular. As causas subjacentes dessas condições são complexas e multifatoriais, envolvendo estresse oxidativo, processos inflamatórios, comprometimento mitocondrial e desequilíbrios na homeostase imunológica.
A encefalopatia hepática, uma complicação grave de doenças do fígado, afeta a função cerebral, levando a problemas cognitivos, alterações de humor e dificuldades motoras. O estresse oxidativo, a neuroinflamação e os desequilíbrios de neurotransmissores desempenham um papel crucial no desenvolvimento desses sintomas neurológicos, impactando negativamente a qualidade de vida dos pacientes. Uma via de sinalização importante na proteção contra esses danos é o fator nuclear eritróide 2 relacionado ao fator 2 (Nrf2) e a heme oxigenase-1 (HO-1).
A via Nrf2/HO-1 atua como um mecanismo de defesa antioxidante crucial. O Nrf2 regula a expressão de enzimas protetoras, enquanto o HO-1 exerce efeitos anti-inflamatórios, antiapoptóticos e antifibróticos através dos produtos da degradação do heme. Estudos têm demonstrado que monômeros herbais naturais, como ativadores de Nrf2, podem oferecer benefícios terapêuticos devido à sua baixa toxicidade, ações multi-alvo e uso tradicional extensivo. Por exemplo, a baicalina pode atenuar o acúmulo de lipídios e a inflamação na doença hepática gordurosa, enquanto a curcumina pode aumentar a atividade do Nrf2, reduzindo os danos oxidativos na doença hepática alcoólica. Outros compostos, como a diidromiricetina, andrographolide e outros, mostram efeitos protetores em lesões hepáticas induzidas por drogas, hepatite viral e fibrose hepática, respectivamente. Esses compostos podem aliviar simultaneamente a disfunção hepática e os sintomas neuropsiquiátricos, modulando a via Nrf2/HO-1. No entanto, desafios como a baixa biodisponibilidade desses compostos ainda precisam ser superados para sua aplicação clínica efetiva.
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