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Pesquisas genéticas e genômicas sobre autismo têm sido cada vez mais analisadas criticamente, especialmente em relação ao uso de linguagem que pode reforçar o capacitismo, ou seja, a discriminação e o preconceito contra pessoas com deficiência. Um estudo recente investigou essa questão, analisando a linguagem utilizada em projetos de pesquisa sobre autismo financiados pelo National Institutes of Health (NIH) nos Estados Unidos.

Os pesquisadores examinaram 166 projetos e constataram a presença disseminada de discursos e linguagem potencialmente capacitistas e estigmatizantes em relação a pessoas autistas. Isso inclui, por exemplo, a utilização de uma linguagem que sugere a necessidade de prevenção do autismo, o que pode ser interpretado como uma visão negativa da condição. A pesquisa destaca a importância de se atentar para a linguagem utilizada, pois ela pode refletir e reforçar preconceitos estruturais e institucionalizados.

Este estudo empírico contribui para os debates em curso sobre a linguagem na pesquisa sobre autismo. Ao avaliar a linguagem utilizada, pesquisadores e instituições podem ser levados a refletir sobre a forma como conceptualizam, planejam, discutem e realizam seu trabalho. A adoção de uma linguagem mais inclusiva e respeitosa é fundamental para garantir que a pesquisa sobre autismo seja conduzida de forma ética e responsável, promovendo o bem-estar e a inclusão das pessoas autistas na sociedade. A conscientização sobre o impacto da linguagem é um passo crucial para desconstruir preconceitos e promover uma compreensão mais profunda e respeitosa do autismo.

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