Neurodiversidade e Saúde Mental no Ensino Superior: Acesso a Suporte e Desafios
Um estudo recente investigou o acesso a suportes e as experiências de estudantes neurodivergentes e com condições de saúde mental (CSM) no ensino superior na Austrália e Nova Zelândia. A pesquisa revelou disparidades significativas na utilização de recursos e na divulgação da condição à instituição, destacando a necessidade de uma abordagem mais personalizada e informada para atender às necessidades específicas desse grupo de alunos.
Os participantes foram divididos em grupos: autistas, com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), com autismo e TDAH (AuDHD) e com outras neurodivergências. Uma descoberta importante foi que estudantes AuDHD são mais propensos a informar sua condição à instituição e a buscar apoio, em comparação com outros grupos e com estudantes com CSM não neurodivergentes. No entanto, mesmo entre os AuDHD, a porcentagem de estudantes que buscam suporte é inferior a 75%, demonstrando que ainda há uma barreira significativa a ser superada.
A pesquisa identificou que, quando os estudantes neurodivergentes e com CSM acessam os suportes oferecidos, eles os consideram úteis. No entanto, há uma demanda clara por recursos mais específicos para neurodivergentes, como mentores e facilitadores com experiência em neurodiversidade, além de formatos de apoio mais flexíveis e adaptados às suas necessidades individuais. Compreender as nuances das necessidades de suporte de cada indivíduo é crucial para melhorar a experiência no ensino superior e aumentar as taxas de conclusão de curso entre estudantes neurodivergentes e com condições de saúde mental.
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