Saúde Desvendada

Seu local de informações de saúde

Um estudo recente investigou a incidência de lesões em jovens jogadores de rugby na região de Leinster, na Irlanda, durante a temporada de 2019-2020. A pesquisa, que acompanhou 463 atletas com idade média de 17 anos, teve como objetivo descrever os padrões de treinamento e lesões, buscando uma possível relação entre os dois. A coleta de dados incluiu informações sobre o tipo e duração dos treinos, além da percepção de esforço dos jogadores, registradas por meio de um aplicativo.

Os resultados revelaram que a maioria das lesões ocorreu durante as partidas, com uma incidência de 19,9 lesões por 1000 horas de jogo. As lesões nos treinos foram bem menos frequentes, com apenas 0,7 casos por 1000 horas. A gravidade das lesões também variou, sendo que as lesões de jogo resultaram em uma média de 22 dias de afastamento, enquanto as lesões de treino levaram a 14 dias de recuperação. As áreas do corpo mais afetadas foram o ombro, a cabeça, o punho/mão, o tornozelo e o joelho. Um dado relevante é que o *tackle*, ou desarme, foi responsável por quase metade das lesões.

Apesar da riqueza de dados coletados, um desafio importante foi a baixa adesão dos jogadores ao registro individual da carga de treinamento, com apenas 11,5% de compliance. Essa limitação dificultou a análise da associação entre a carga de treino e o risco de lesões. A pesquisa aponta para a necessidade de estratégias que incentivem a participação dos atletas no registro dos dados, para que se possa identificar com maior precisão os fatores de risco de lesões no rugby juvenil. A compreensão desses fatores é crucial para o desenvolvimento de programas de prevenção mais eficazes e, consequentemente, para a promoção da saúde e segurança dos jovens jogadores.

Origem: Link

Deixe comentário