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A privação de sono afeta cada pessoa de maneira diferente. Alguns se recuperam rapidamente, enquanto outros lutam para voltar ao normal. Uma nova pesquisa explora o papel da genética, especificamente o gene ARC, nessas variações individuais na resposta à privação total de sono.

O estudo, publicado no Sleep Advances, investigou como diferentes versões do gene ARC influenciam o sono de ondas lentas (SOL), um tipo de sono profundo crucial para a recuperação. Cinquenta adultos jovens e saudáveis participaram de um experimento onde foram submetidos a 38 horas de privação de sono, seguidas por um período de recuperação. Os pesquisadores monitoraram a atividade cerebral dos participantes por meio de eletroencefalogramas (EEGs) e analisaram o desempenho em testes de atenção e sonolência.

Os resultados revelaram que indivíduos com uma variação específica do gene ARC (homozigotos C/C) apresentaram um aumento maior no sono de ondas lentas durante a recuperação, em comparação com aqueles que carregavam outras variações (carregadores do alelo T). Curiosamente, outra variação (homozigotos T/T) mostrou um aumento na atividade elétrica cerebral em diferentes frequências durante o sono NREM e REM, mas não no poder delta NREM, que está associado à privação de sono. Esses achados sugerem que o gene ARC desempenha um papel na regulação do sono após a privação, embora essa influência possa ser mais complexa do que se pensava anteriormente. A pesquisa indica que a genética pode ser um fator importante na forma como cada indivíduo responde à falta de sono, abrindo portas para uma compreensão mais personalizada da higiene do sono e do tratamento de distúrbios relacionados.

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