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A reconstrução anatômica do ligamento cruzado posterior (LCP), combinada com a técnica de aumento com fita de sutura, surge como uma alternativa promissora para melhorar a estabilidade primária do joelho. Essa abordagem inovadora visa otimizar os resultados em pacientes que sofrem de instabilidade posterior, seja ela aguda ou crônica.

As indicações para essa reconstrução aumentada incluem rupturas do LCP, tanto isoladas quanto parte de lesões multiligamentares mais complexas. Pacientes que apresentam instabilidade sintomática ou que não obtiveram sucesso com o tratamento conservador podem se beneficiar desse procedimento. No entanto, é importante ressaltar que existem contraindicações, como a presença de gaveta posterior fixa, infecção ativa ou avulsão óssea.

A técnica cirúrgica envolve o posicionamento do paciente em decúbito dorsal e a utilização de portais padrão para a reconstrução artroscópica do LCP. Túneis femorais e tibiais são criados com o auxílio de um dispositivo de direcionamento, após a preparação dos locais de inserção. O enxerto de tendão flexor é reforçado com uma fita de sutura não absorvível. A sutura de aumento é fixada separadamente usando uma âncora de sutura sob estresse contínuo da gaveta anterior. A fixação do enxerto é realizada por meio de um dispositivo extracortical no fêmur e com um parafuso de interferência na tíbia.

O manejo pós-operatório é crucial para o sucesso da reconstrução. Ele envolve o uso de uma órtese de extensão com suporte tibial posterior por seis semanas, utilizada 24 horas por dia, e carga parcial de 20 kg. Após esse período, segue-se um período de seis semanas de órtese móvel contínua com suporte tibial posterior e mobilização progressiva e aumento de carga, acompanhado de fisioterapia. Estudos biomecânicos e clínicos iniciais sugerem benefícios promissores do aumento para estabilidade e função, embora dados robustos de longo prazo ainda estejam faltando.

Em resumo, a reconstrução aumentada do LCP representa um avanço significativo no tratamento da instabilidade posterior do joelho. Embora os resultados iniciais sejam encorajadores, a pesquisa contínua é essencial para confirmar sua eficácia a longo prazo e otimizar os protocolos de reabilitação.

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