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A busca por biomarcadores eficazes para o diagnóstico precoce e o acompanhamento da progressão de demências, como a doença de Alzheimer, é um dos grandes desafios da medicina. Recentemente, pesquisadores têm explorado o potencial da eletroencefalografia (EEG) como uma ferramenta não invasiva e acessível para avaliar a função cognitiva. Um novo método de EEG, denominado Fastball, tem demonstrado resultados promissores na identificação de alterações na memória de reconhecimento, mesmo em estágios iniciais de comprometimento cognitivo.

O estudo, publicado na revista Brain Communications, investigou a sensibilidade do Fastball na detecção de disfunção amnéstica em pacientes com Comprometimento Cognitivo Leve (CCL), um estágio que frequentemente precede a demência de Alzheimer. O Fastball se destaca por ser um teste passivo e objetivo, ou seja, não exige que o paciente realize tarefas complexas ou responda a perguntas. Durante o exame, o indivíduo apenas observa uma sequência rápida de imagens enquanto o EEG registra sua atividade cerebral. A capacidade do cérebro de distinguir entre imagens familiares e novas é avaliada, fornecendo informações sobre a função da memória de reconhecimento.

Os resultados do estudo revelaram que pacientes com CCL amnéstico apresentaram respostas significativamente reduzidas no Fastball em comparação com pacientes com CCL não amnéstico e com indivíduos saudáveis da mesma faixa etária. Além disso, a análise dos dados mostrou que as respostas do EEG no Fastball estavam diretamente relacionadas com medidas neuropsicológicas de memória de reconhecimento, mas não com outras funções cognitivas, como atenção. Isso sugere que o Fastball é um marcador específico para alterações na memória. O método demonstrou boa reprodutibilidade e sensibilidade para detectar declínio cognitivo ao longo de um ano. O Fastball surge como uma ferramenta valiosa para aprimorar a avaliação cognitiva em pacientes com CCL, oferecendo um método rápido, não invasivo e de baixo custo para monitorar a progressão da doença e auxiliar no desenvolvimento de novas terapias.

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