Estimulação Audiovisual a 40 Hz: Uma Nova Abordagem para Melhorar a Atenção
A capacidade de manter a atenção sustentada é fundamental para diversas atividades do dia a dia, desde o aprendizado até a execução de tarefas complexas. Novas pesquisas exploram o potencial da estimulação audiovisual para otimizar essa função cognitiva essencial. Um estudo recente investigou se a estimulação não invasiva com luzes e sons pulsando a uma frequência de 40 Hz poderia aprimorar a atenção e modular as oscilações cerebrais associadas.
O experimento envolveu a análise da atividade cerebral de adultos saudáveis por meio de eletroencefalografia (EEG) enquanto realizavam uma tarefa de vigilância psicomotora. Os participantes foram expostos a três condições diferentes: estimulação audiovisual a 40 Hz, ausência de estimulação (controle) e estimulação aleatória (sham). Os resultados revelaram que o grupo submetido à estimulação a 40 Hz apresentou maior precisão e tempos de reação mais rápidos em comparação com os grupos de controle. Adicionalmente, observou-se um aumento na atividade cerebral na frequência de 40 Hz, consistente com estudos anteriores.
Surpreendentemente, o estudo também identificou uma diminuição na potência das ondas delta (2-4 Hz), tipicamente associadas ao estado de alerta, e um aumento na conectividade funcional na banda alfa inferior (8-10 Hz), relacionada aos processos atencionais. Mais importante ainda, a redução na potência delta e o aumento na conectividade alfa foram correlacionados com um melhor desempenho na tarefa de atenção. Esses achados sugerem que a estimulação audiovisual a 40 Hz pode modular a atividade cerebral de forma a otimizar a atenção sustentada, abrindo portas para potenciais intervenções terapêuticas para distúrbios de atenção e aprimoramento cognitivo. A estimulação audiovisual a 40 Hz demonstra ser uma técnica promissora para melhorar a atenção e o desempenho cognitivo.
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