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A recuperação de pacientes com trauma torácico grave, frequentemente acompanhada de insuficiência respiratória, pode ser um desafio complexo. Métodos inovadores para auxiliar na recuperação pulmonar e reduzir a dependência de suporte ventilatório invasivo são constantemente investigados. Um estudo recente explora o uso do bloqueio do plano do músculo erector da espinha (ESP) como uma ferramenta promissora nesse cenário.

O bloqueio ESP é uma técnica de anestesia regional que envolve a injeção de anestésico local próximo aos músculos eretores da espinha, localizados na região dorsal. Essa técnica tem como objetivo aliviar a dor e melhorar a função respiratória, permitindo que o paciente respire com mais facilidade e tolere melhor a fisioterapia respiratória. No estudo, um paciente de 64 anos com trauma torácico grave e insuficiência respiratória, que necessitava de ventilação invasiva e oxigenação por membrana extracorpórea veno-venosa (V-V ECMO), foi submetido ao bloqueio ESP. O resultado foi notável: o bloqueio facilitou a extubação, a mobilização e a remoção de secreções, levando ao desmame da ECMO em seis dias e alta hospitalar 18 dias após a lesão.

Este caso demonstra o potencial da anestesia regional, como o bloqueio ESP, como uma opção segura e viável para melhorar a mecânica ventilatória após trauma torácico. A técnica pode facilitar o uso da ECMO acordado, a fisioterapia intensiva e a liberação do suporte respiratório. Essa abordagem inovadora representa uma esperança para pacientes com quadros respiratórios complexos decorrentes de traumas, oferecendo uma alternativa para acelerar a recuperação e reduzir o tempo de internação. É importante ressaltar que o estudo apresenta um caso isolado, e mais pesquisas são necessárias para confirmar a eficácia e segurança do bloqueio ESP em uma população maior de pacientes com trauma torácico.

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