Autismo e Nutrição: Níveis de Selênio e Desequilíbrios Minerais em Crianças
Estudos recentes têm demonstrado uma possível ligação entre desequilíbrios de micronutrientes e o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Um estudo conduzido na Argélia investigou a relação entre as concentrações plasmáticas de selênio (Se), cobre (Cu) e zinco (Zn) em crianças com TEA, buscando identificar possíveis biomarcadores de estresse oxidativo.
A pesquisa, que envolveu 30 crianças diagnosticadas com TEA e 32 crianças com desenvolvimento neurotípico, revelou que os níveis de selênio e a atividade da glutationa peroxidase (GPx1), uma enzima antioxidante, estavam significativamente mais baixos no grupo com TEA. Além disso, as razões Cu/Se e Zn/Se estavam elevadas, sugerindo um desequilíbrio na utilização desses minerais essenciais. O estresse oxidativo, um processo que danifica as células, tem sido implicado em várias condições neurológicas, incluindo o TEA.
Esses resultados apontam para a importância da nutrição e do equilíbrio mineral na saúde neurológica, especialmente em crianças com TEA. Embora o estudo não estabeleça uma relação causal direta, ele sugere que a deficiência de selênio e os desequilíbrios nos níveis de cobre e zinco podem contribuir para o estresse oxidativo, potencialmente influenciando a patogênese do TEA. Mais pesquisas são necessárias para entender completamente os mecanismos envolvidos e para determinar se a suplementação nutricional pode ter um impacto positivo no desenvolvimento e bem-estar de crianças com TEA. É importante ressaltar que qualquer intervenção nutricional deve ser supervisionada por um profissional de saúde qualificado.
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