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O uso de antipsicóticos fora das indicações formais é comum em indivíduos com deficiência intelectual, especialmente em casos de comportamentos desafiadores. Embora a suspensão desses medicamentos seja frequentemente recomendada, muitas tentativas não são bem-sucedidas. Um estudo recente buscou identificar fatores preditivos que possam auxiliar profissionais de saúde a antecipar e apoiar melhor as tentativas de suspensão desses fármacos.

A pesquisa analisou dados de estudos anteriores sobre a suspensão de antipsicóticos em pessoas com deficiência intelectual na Holanda. Os resultados indicaram que a gravidade da deficiência intelectual, a dose diária definida do antipsicótico e a presença de estereotipias (comportamentos repetitivos) foram os principais fatores associados a tentativas de suspensão mal sucedidas. Em outras palavras, quanto mais grave a deficiência, maior a dose do medicamento e mais frequentes os comportamentos repetitivos, menor a probabilidade de sucesso na suspensão do antipsicótico.

Essas descobertas são importantes para profissionais de saúde que trabalham com essa população. Ao identificar esses fatores de risco, é possível personalizar abordagens de tratamento e oferecer suporte individualizado durante o processo de suspensão do medicamento. Isso pode incluir a implementação de terapias comportamentais para lidar com estereotipias, a otimização da dose do antipsicótico e o planejamento cuidadoso da suspensão, levando em consideração o nível de deficiência intelectual do indivíduo. Compreender esses preditores pode aumentar significativamente as chances de uma suspensão bem-sucedida e melhorar a qualidade de vida de pessoas com deficiência intelectual.

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