Concussões no Esporte: Histórico de Lesões e Força Muscular do Pescoço em Atletas de Elite
A saúde dos atletas de elite é uma preocupação constante, especialmente em esportes de contato como futebol americano e rugby. Traumatismos cranioencefálicos, como concussões, são eventos que podem gerar preocupações a longo prazo sobre a capacidade física e o bem-estar dos jogadores. Um estudo recente investigou se o histórico de concussões, incluindo a frequência e a proximidade dos eventos, tem alguma relação com a força dos músculos do pescoço em atletas de alto nível.
A pesquisa, que envolveu mais de 450 atletas de futebol australiano e rugby league, analisou a força isométrica máxima dos músculos flexores, extensores e laterais do pescoço. Surpreendentemente, os resultados indicaram que não houve uma associação significativa entre o histórico de concussões e a força muscular do pescoço. Isso significa que atletas com histórico de concussões, independentemente de quantas ou quão recentes foram, não apresentaram, em média, uma força muscular do pescoço inferior em comparação com aqueles sem histórico de concussões. Houve, inclusive, uma pequena tendência de maior força nos extensores do pescoço em atletas com concussões recentes, embora o efeito tenha sido considerado pequeno.
Essas descobertas sugerem que, pelo menos no contexto da força muscular isométrica máxima do pescoço, o histórico de concussões não parece ser um fator determinante em atletas de elite. No entanto, é crucial ressaltar que este estudo se concentrou especificamente na força muscular e não abordou outros possíveis impactos de concussões, como problemas de equilíbrio, cognitivos ou outros sintomas neurológicos. Portanto, a prevenção de concussões e o acompanhamento médico adequado continuam sendo de suma importância para a proteção da saúde dos atletas.
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