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A identificação precoce de Transtornos do Espectro Autista (TEA) em indivíduos com estado mental de risco (EMR) para psicose representa um desafio significativo para profissionais da saúde mental. Um estudo recente publicado na revista Frontiers in Psychiatry explora o potencial da Negatividade de Desajuste (MMN), uma resposta cerebral automática a estímulos auditivos inesperados, como um biomarcador objetivo para auxiliar nesse processo diagnóstico.

A pesquisa comparou a latência da fMMN (MMN de frequência) em indivíduos com EMR que apresentavam traços autísticos elevados (AQ+) com aqueles que apresentavam poucos traços autísticos (AQ-) e um grupo controle saudável. Os resultados revelaram que o grupo AQ+ demonstrou uma latência de fMMN significativamente mais curta em comparação com o grupo AQ-. Essa descoberta sugere que a MMN pode refletir diferenças no processamento auditivo em indivíduos com traços autísticos, mesmo antes do desenvolvimento completo de um quadro de TEA.

A relevância clínica desse estudo reside na possibilidade de utilizar a MMN como uma ferramenta complementar na avaliação de indivíduos com EMR, auxiliando na identificação de características subjacentes do TEA que podem não ser evidentes apenas por meio da observação de sintomas clínicos. A detecção precoce do TEA permite intervenções mais direcionadas e personalizadas, otimizando o desenvolvimento e a qualidade de vida desses indivíduos. Estudos futuros são necessários para validar e refinar o uso da MMN como um marcador diagnóstico confiável para o TEA em diferentes populações.

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