Termografia: Uma Nova Abordagem para Avaliar a Recuperação Pós-AVC
A termografia infravermelha surge como uma ferramenta promissora e não invasiva para monitorar e avaliar pacientes que sofreram Acidente Vascular Cerebral (AVC) e apresentam hemiplegia, ou seja, paralisia de um lado do corpo. Um estudo piloto recente investigou a aplicação da termografia para detectar assimetrias térmicas entre os lados afetado e não afetado do corpo, e como essas diferenças respondem a intervenções terapêuticas.
O estudo envolveu dez participantes que foram submetidos a imagens termográficas utilizando uma câmera FLIR C5 antes e depois de uma intervenção focada no fortalecimento muscular dos membros inferiores. A análise dos dados térmicos, realizada com o software ThermImageJ seguindo o protocolo TISEM, revelou que existiam assimetrias térmicas significativas entre os lados do corpo no início do estudo. Após a intervenção de fortalecimento, observou-se uma redução notável nessas assimetrias. Isso sugere que o treinamento de força muscular pode contribuir para uma melhor simetria térmica no corpo de pacientes pós-AVC.
A capacidade da termografia de detectar essas mudanças térmicas indica que ela pode ser uma ferramenta complementar eficaz para monitorar a resposta fisiológica dos pacientes à reabilitação. Embora os resultados deste estudo piloto sejam encorajadores, é importante ressaltar a necessidade de estudos em larga escala, com um acompanhamento mais extenso, para confirmar essas descobertas. A termografia infravermelha representa um avanço significativo no monitoramento da recuperação pós-AVC, oferecendo uma maneira não invasiva e potencialmente mais precisa de avaliar a eficácia das terapias implementadas. A identificação precoce de assimetrias e o acompanhamento da resposta ao tratamento podem otimizar o processo de reabilitação e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
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