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A artroplastia total do joelho (ATJ) é um procedimento comum para aliviar a dor e restaurar a função em pacientes com osteoartrite grave. No entanto, uma complicação que pode surgir após a ATJ é a instabilidade patelar, que afeta significativamente a satisfação do paciente e os resultados funcionais. Essa instabilidade se manifesta quando a patela (rótula) não se move corretamente na tróclea (sulco) do fêmur, levando a dor anterior no joelho e, em alguns casos, à necessidade de cirurgia de revisão.

A etiologia da instabilidade patelar após a ATJ é multifatorial. Um dos principais contribuintes é o mau posicionamento dos componentes da prótese, tanto do fêmur quanto da tíbia. A rotação interna desses componentes pode levar a um desalinhamento da patela, causando sua inclinação lateral ou subluxação. Além disso, o desequilíbrio dos tecidos moles ao redor do joelho, como a tensão excessiva do retináculo lateral ou a instabilidade medial, pode exacerbar a condição. Fatores anatômicos específicos do paciente e o design inadequado do implante também podem desempenhar um papel.

O diagnóstico preciso da instabilidade patelar é crucial para um tratamento eficaz. O exame clínico detalhado é fundamental, avaliando a amplitude de movimento, a presença de dor e a estabilidade da patela. A tomografia computadorizada (TC) é considerada o padrão ouro para avaliar o posicionamento rotacional dos componentes da prótese. Em termos de tratamento, as estratégias variam de acordo com a causa subjacente e a gravidade da instabilidade. Em casos leves, a fisioterapia conservadora pode ser suficiente para fortalecer os músculos ao redor do joelho e melhorar o controle patelar. Em casos mais graves ou complexos, a cirurgia pode ser necessária para realinhar os componentes da prótese, equilibrar os tecidos moles ou realizar osteotomias de realinhamento distal. A prevenção, incluindo o alinhamento rotacional preciso durante a cirurgia inicial, a seleção adequada do implante e a avaliação intraoperatória do rastreamento patelar, é essencial para otimizar os resultados a longo prazo da ATJ e minimizar o risco de instabilidade patelar.

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