Saúde Desvendada

A menopausa é uma fase da vida da mulher marcada por diversas mudanças físicas e psicológicas. Um estudo recente investigou o impacto da dança jazz como uma modalidade não convencional para atenuar alguns desses sintomas, em comparação com um grupo de controle. O foco principal da pesquisa foi analisar os efeitos do jazz dance no estresse, na incontinência urinária e na função sexual de mulheres na menopausa, tanto a curto quanto a longo prazo. Além disso, buscou-se entender se o nível de estresse poderia ser um indicador de problemas na função sexual e de incontinência urinária.

O estudo envolveu um ensaio clínico randomizado com dois grupos: um grupo de intervenção com dança jazz e um grupo de controle. Participaram 47 mulheres, com idade média de 53 anos. Os dados foram coletados em quatro momentos distintos: no início do estudo, imediatamente após a intervenção, e em dois acompanhamentos, um após seis meses e outro após doze meses. Para avaliar os resultados, foram utilizados questionários padronizados, como o Female Sexual Function Index (FSFI) para função sexual, a Perceived Stress Scale (PSS) para estresse, e o International Consultation on Incontinence Questionnaire-Short Form (ICIQ-SF) para incontinência urinária.

Os resultados revelaram que o grupo que praticou dança jazz apresentou melhorias significativas no estresse e na função sexual a longo prazo, especialmente nos domínios de satisfação, desejo e orgasmo. Adicionalmente, o estudo indicou que o estresse pode ser um fator preditivo de disfunção sexual e incontinência urinária. Apesar dos benefícios observados na redução do estresse e na melhora da função sexual, a dança jazz não se mostrou uma alternativa eficaz para o tratamento da incontinência urinária. Em conclusão, a dança jazz surge como uma opção acessível e eficaz para o gerenciamento do estresse em mulheres na menopausa. Os benefícios na função sexual, contudo, parecem se manifestar a longo prazo.

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