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Um estudo recente publicado no Journal of Autism and Developmental Disorders investigou as interações entre jovens negros com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e agentes da lei, revelando preocupações significativas por parte dos cuidadores. A pesquisa, conduzida entre março de 2021 e junho de 2022, utilizou metodologia fenomenológica para compreender as expectativas dos cuidadores negros em relação ao comportamento ideal da polícia ao interagir com seus filhos autistas. O objetivo principal foi identificar padrões nessas interações para melhor orientar as práticas policiais.

A amostra do estudo incluiu 43 participantes, sendo a maioria mães (93%) e alguns pais (7%), todos autoidentificados como negros ou afro-americanos e cuidadores de crianças autistas negras, com uma média de idade de 16,5 anos. Os resultados destacaram três temas primários em relação ao comportamento policial desejado: uma abordagem virtuosa da polícia, o uso de linguagem corporal não ameaçadora e a utilização de habilidades básicas de comunicação para oferecer ajuda. Os cuidadores enfatizaram a importância de os policiais abordarem seus filhos com paciência, compreensão e disposição para auxiliar.

Além disso, o estudo revelou que as interações policiais foram agrupadas tematicamente como negativas, neutras ou focadas na comunidade, ocorrendo em ambientes escolares, perto de casa ou em vias públicas. Esses achados apontam para a necessidade urgente de intervenções específicas para melhorar as interações entre jovens negros com autismo e agentes da lei. A pesquisa destaca a importância da formação policial sensível ao autismo e culturalmente responsiva, que pode ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade tanto para os jovens autistas quanto para seus cuidadores, promovendo interações mais seguras e positivas.

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