Saúde Desvendada

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A relação entre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e sintomas psicóticos tem sido objeto de investigação na área da saúde mental. Um estudo recente, publicado no Journal of Autism and Developmental Disorders, acompanhou indivíduos com TEA por um período de oito anos, desde a infância até a idade adulta jovem, buscando entender a prevalência e a estabilidade de sintomas psicóticos nesse grupo.

Contrariando as expectativas iniciais, a pesquisa revelou que jovens adultos com TEA não apresentaram níveis elevados de sintomas psicóticos positivos autorrelatados, como alucinações ou delírios. Os sintomas psicóticos, de forma geral, mostraram-se relativamente estáveis ao longo do tempo, embora diferenças individuais significativas tenham sido observadas nas mudanças de sintomas. Interessantemente, o estudo identificou que a precisão na inibição de respostas durante a infância pode ser um indicador de risco para o desenvolvimento de sintomas positivos em adultos jovens com autismo. Essa descoberta sugere a importância de funções executivas no contexto da saúde mental em indivíduos com TEA.

Esses achados desafiam algumas concepções prévias e apontam para a necessidade de uma compreensão mais aprofundada da complexa interação entre o TEA e a psicose. Embora o estudo tenha identificado uma possível ligação entre a inibição de respostas e sintomas psicóticos, os autores enfatizam que essa relação precisa ser confirmada em amostras maiores. A pesquisa destaca a importância de considerar a trajetória individual de cada pessoa com TEA e os diversos fatores que podem influenciar o desenvolvimento de sintomas psicóticos ao longo da vida. Estudos futuros devem explorar mais a fundo os mecanismos subjacentes a essa relação e desenvolver intervenções preventivas e terapêuticas mais eficazes para indivíduos com TEA que apresentem risco de desenvolver sintomas psicóticos.

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