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Jovens autistas frequentemente enfrentam taxas mais elevadas de ansiedade e depressão em comparação com seus pares não autistas. No entanto, as opções de tratamento específicas para essa população ainda são limitadas. Profissionais da área de saúde mental que trabalham com jovens autistas precisam de modelos psicológicos robustos para entender e tratar esses transtornos internalizantes persistentes.

Um fator de risco importante, e um alvo de tratamento bem estabelecido para transtornos internalizantes em jovens não autistas, é a baixa autoestima. Curiosamente, a baixa autoestima em jovens autistas tem sido relativamente pouco estudada. Um modelo promissor é o Modelo Cognitivo e Comportamental da Baixa Autoestima, que foi desenvolvido para orientar intervenções cognitivo-comportamentais visando esse construto na população geral. Esse modelo destaca como a baixa autoestima se desenvolve a partir da interação entre temperamento e experiências negativas, levando à formação de pressupostos disfuncionais e, consequentemente, ao desenvolvimento e manutenção da ansiedade e depressão.

Indivíduos autistas exibem vulnerabilidades específicas em relação aos principais elementos desse modelo, tornando-o potencialmente relevante para essa população. Uma extensão teórica do modelo para jovens autistas está sendo explorada. Através da análise de casos, busca-se entender como a baixa autoestima pode se desenvolver em um jovem autista e contribuir para a manutenção da ansiedade e depressão. A pesquisa futura se concentrará no uso do Modelo de Baixa Autoestima em jovens autistas, visando oferecer novas estratégias de intervenção para melhorar a saúde mental dessa população vulnerável. O objetivo é adaptar e refinar as abordagens terapêuticas existentes para melhor atender às necessidades específicas dos jovens autistas que lutam contra a ansiedade e a depressão.

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