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Um novo estudo revela práticas importantes utilizadas por famílias bilíngues no apoio ao desenvolvimento da linguagem de crianças autistas. A pesquisa desafia recomendações terapêuticas anteriores que sugeriam o uso exclusivo de um idioma, geralmente o inglês, para evitar confusão e otimizar o progresso da criança.

O estudo analisou vídeos de interações familiares de origem mexicana, onde o espanhol era o idioma dominante. Observou-se que as famílias utilizavam seus recursos linguísticos de maneira flexível nas interações diárias. As estratégias incluíam o uso de espanhol, inglês, descrição e nomeação do ambiente, instruções diretas e perguntas abertas e fechadas. A pesquisa também identificou que o contexto da atividade influenciava o uso da linguagem, com atividades de transporte oferecendo mais oportunidades para o uso de linguagem abstrata.

A variabilidade nas estratégias de suporte materno também teve um impacto significativo no desenvolvimento da linguagem das crianças, incluindo o uso do raciocínio abstrato e da capacidade de predição, considerada uma das habilidades linguísticas mais complexas. Estes achados reforçam a importância de intervenções que valorizem e aproveitem os pontos fortes das crianças autistas multilingues e de suas famílias, em vez de limitar o uso de seus idiomas. A pesquisa sugere que a riqueza da experiência bilíngue pode ser um recurso valioso no desenvolvimento da comunicação em crianças com autismo, abrindo novas perspectivas para abordagens terapêuticas mais inclusivas e personalizadas.

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