Sincronização Audiomotora e seus Efeitos na Rede dos Gânglios da Base
A sincronização audiomotora (SAM), especialmente quando integrada à estimulação rítmica auditiva (SRA), tem se mostrado uma abordagem promissora para melhorar a função motora em indivíduos que sofrem de distúrbios neurológicos, como a doença de Parkinson. Essa técnica, que envolve a coordenação de movimentos com estímulos auditivos, tem demonstrado benefícios significativos na marcha, na função dos membros superiores e até mesmo na fala. Mas como exatamente a SAM promove essas melhorias?
Um estudo recente investigou os efeitos da SAM na rede dos gânglios da base (RGB), uma região do cérebro crucial para o controle motor. Através de exames de ressonância magnética funcional (fMRI), os pesquisadores compararam a atividade cerebral de participantes saudáveis durante a realização de tarefas de movimento em dois cenários: um com sincronização audiomotora e outro em um ritmo auto-regulado. Os resultados revelaram que a SAM promoveu uma maior consistência espacial e eficiência na RGB. Em outras palavras, a rede se tornou mais sincronizada e funcionalmente organizada quando os participantes sincronizaram seus movimentos com os estímulos auditivos.
Essas descobertas sugerem que a SAM pode otimizar os padrões de movimento ao fortalecer as conexões dentro da rede dos gânglios da base. Ao aumentar a eficiência da comunicação entre os diferentes nós da rede, a SAM pode reduzir a dependência do cérebro nas vias dopaminérgicas, que são frequentemente afetadas na doença de Parkinson. Compreender os mecanismos precisos pelos quais a SAM influencia a atividade cerebral pode abrir novas portas para o desenvolvimento de terapias mais eficazes para distúrbios neurológicos que afetam o movimento.
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