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A encefalopatia hipóxico-isquêmica (EHI), uma das principais causas de mortalidade perinatal e comprometimento neurológico, afeta de 1 a 8 em cada 1000 nascidos vivos em países desenvolvidos. A hipotermia terapêutica (HT) é o tratamento padrão para EHI moderada a grave, ajudando a reduzir lesões cerebrais ao diminuir a demanda metabólica e inibir a apoptose, um tipo de morte celular programada.

Um estudo de caso recente examinou uma recém-nascida a termo que sofreu asfixia intrauterina e síndrome de aspiração de mecônio, resultando em EHI grave. Apesar de apresentar falência de múltiplos órgãos e hemorragia intraventricular, a hipotermia terapêutica foi iniciada dentro de seis horas após o nascimento. A paciente recebeu suporte circulatório e respiratório, sedação e óxido nítrico. Além disso, a reabilitação precoce com fisioterapia foi iniciada imediatamente. Avaliações neurofuncionais subsequentes revelaram que, apesar de atrasos iniciais no desenvolvimento, a paciente alcançou faixas de desenvolvimento normais em avaliações posteriores.

Este caso demonstra a importância de uma abordagem multidisciplinar no tratamento da EHI, combinando hipotermia terapêutica com fisioterapia precoce. A combinação dessas terapias pode mitigar as consequências graves da EHI, como paralisia cerebral e epilepsia. O acompanhamento a longo prazo é crucial para detectar déficits tardios, especialmente durante a idade escolar, permitindo intervenções adicionais, se necessário. O resultado positivo deste caso destaca a importância da intervenção oportuna e dos cuidados multidisciplinares para otimizar o desenvolvimento neurológico de bebês afetados pela EHI. A fisioterapia, nesse contexto, desempenha um papel fundamental no estímulo ao desenvolvimento motor e cognitivo, complementando os efeitos protetores da hipotermia terapêutica.

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