Saúde Desvendada

A jornada acadêmica de estudantes de enfermagem frequentemente é marcada por intensas demandas, tanto no âmbito dos estudos quanto no aspecto emocional. Essa combinação pode impactar negativamente a saúde mental e o desempenho acadêmico. Diante desse cenário, um estudo recente explorou a relação entre o senso de coerência (SOC) e o estresse percebido por esses estudantes.

O estudo, realizado em diversas universidades da Espanha e do Chile, envolveu mais de 1300 estudantes de enfermagem. Os participantes responderam a questionários que avaliavam seu senso de coerência, um conceito que se refere à capacidade de uma pessoa de compreender o mundo, sentir que pode lidar com os desafios e encontrar significado na vida. Adicionalmente, foram coletados dados sobre o nível de estresse percebido em atividades acadêmicas cruciais, como aulas teóricas, seminários, práticas clínicas e trabalhos em grupo.

Os resultados revelaram que um senso de coerência mais forte está associado a um menor nível de estresse acadêmico. Estudantes que percebem as situações como compreensíveis, gerenciáveis e significativas tendem a lidar melhor com as pressões da vida universitária. Além disso, o estudo identificou que fatores sociodemográficos como idade, estado civil e situação de trabalho também podem influenciar o senso de coerência. Alunos mais velhos, casados ou que trabalham apresentaram, em média, um SOC mais elevado. Esses achados destacam a importância de abordar a saúde mental dos estudantes de enfermagem de forma holística, considerando tanto o desenvolvimento de habilidades de enfrentamento quanto o apoio social e emocional. Integrar abordagens que fortaleçam o senso de coerência nos currículos de enfermagem pode ser uma estratégia eficaz para promover o bem-estar e a resiliência acadêmica desses futuros profissionais da Saude.

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