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A esclerose sistêmica (ES), uma doença autoimune crônica, pode afetar diversos órgãos, incluindo o coração. Disfunções no sistema nervoso autônomo cardíaco (SNAC) são comuns em estágios iniciais da ES, mesmo antes do desenvolvimento de fibrose cardíaca, e estão associadas a eventos cardiovasculares adversos e aumento da mortalidade. Um estudo recente investigou o impacto do treinamento físico na atividade do SNAC em pacientes com ES.

O estudo randomizou 40 pacientes com ES em dois grupos: um grupo de treinamento com exercícios (GE) e um grupo controle (GC). O GE participou de um programa de treinamento misto de três meses, enquanto o GC recebeu os cuidados padrão. Ambos os grupos foram avaliados no início do estudo, após três meses (fim do treinamento) e após seis meses (três meses após o término do treinamento), através de testes cardiopulmonares e monitoramento eletrocardiográfico de 24 horas para avaliar a variabilidade da frequência cardíaca (VFC). A VFC é um indicador da atividade do SNAC, refletindo a capacidade do coração de responder a diferentes estímulos.

Os resultados mostraram que o GE apresentou melhorias significativas nos índices de atividade vagal (rMSSD, pNN50 e HF) e simpatovagal (SDNN e LF/HF) após o período de treinamento. Além disso, o consumo máximo de oxigênio (VO2peak) também aumentou significativamente no GE. Após o período de detreino (após seis meses), os benefícios observados no GE permaneceram, enquanto o grupo controle apresentou um declínio. Esses achados sugerem que um programa de treinamento físico de três meses pode melhorar a eficiência cardiorrespiratória e a função do SNAC em pacientes com ES, além de mitigar os efeitos negativos da interrupção do treinamento. O exercício físico regular, portanto, pode ser uma ferramenta valiosa no manejo da saúde cardiovascular de indivíduos com esclerose sistêmica.

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