Saúde Desvendada

Um estudo recente investigou os efeitos da eletroacupuntura (EA) em diferentes intensidades no alívio da dor muscular inflamatória em camundongos. A pesquisa, publicada na revista Zhen Ci Yan Jiu, explorou como a EA modula a atividade dos neurônios do gânglio da raiz dorsal (DRG), que desempenham um papel crucial na transmissão de sinais de dor.

Os pesquisadores induziram dor muscular inflamatória nos camundongos através da injeção de um adjuvante chamado CFA no músculo tibial anterior. Em seguida, aplicaram EA no ponto de acupuntura Zusanli (ST36) com duas intensidades diferentes: 0,5 mA e 1 mA. Durante e após a aplicação da EA, os cientistas monitoraram a atividade dos neurônios DRG em resposta a diferentes estímulos, como toque, pressão e variações de temperatura. Os resultados mostraram que ambas as intensidades de EA foram eficazes na redução da resposta dos neurônios DRG à estimulação mecânica, ou seja, ao toque e à pressão. Curiosamente, a intensidade mais alta de EA (1 mA) demonstrou um efeito analgésico mais significativo do que a intensidade mais baixa (0,5 mA).

Especificamente, a EA de 1 mA foi capaz de diminuir a proporção de neurônios DRG de diferentes tamanhos (pequenos, médios e grandes) que eram ativados pela estimulação mecânica. A EA de 0,5 mA também reduziu a ativação de neurônios médios e grandes, mas com um efeito menos abrangente. No entanto, o estudo não encontrou alterações significativas na resposta dos neurônios DRG à estimulação por temperatura (quente ou fria) após a aplicação da EA. Em conclusão, a pesquisa sugere que a eletroacupuntura no ponto ST36 pode aliviar a dor muscular inflamatória, inibindo a resposta dos neurônios DRG à estimulação mecânica, e que uma intensidade maior de EA pode proporcionar um alívio mais eficaz.

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