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Pesquisadores investigam o potencial dos receptores canabinoides CB1 e CB2 como alvos terapêuticos para distúrbios metabólicos associados ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). Um estudo recente explorou a relação entre a ativação desses receptores e a melhora nos perfis lipídicos no hipocampo, bem como o alívio de comportamentos semelhantes ao autismo em um modelo animal.

O estudo utilizou ratos expostos ao ácido valproico (VPA), um modelo experimental comum para induzir características do TEA. Os resultados revelaram que a ativação dos receptores CB1 e CB2 através de agonistas específicos (ACPA para CB1R e AM1241 para CB2R) foi capaz de atenuar significativamente comportamentos repetitivos, déficits sociais e hiperatividade observados nos ratos expostos ao VPA. Além disso, a análise lipidômica revelou que a exposição ao VPA levou a reduções significativas nos níveis de diversos lipídios essenciais no hipocampo, incluindo fosfatidilcolinas, lisofosfatidilcolinas, ácidos graxos, esfingomielinas, ceramidas e fosfatidiletanolaminas. Surpreendentemente, a ativação dos receptores canabinoides restaurou esses níveis lipídicos a valores próximos dos observados em ratos controle.

Essas descobertas sugerem que a desregulação do metabolismo lipídico no hipocampo pode desempenhar um papel importante no desenvolvimento de comportamentos associados ao TEA. A capacidade dos agonistas dos receptores CB1 e CB2 de reverter essa desregulação e, ao mesmo tempo, melhorar os comportamentos observados, aponta para o sistema endocanabinoide como um alvo terapêutico promissor para o tratamento de manifestações metabólicas e comportamentais do TEA. Pesquisas futuras são necessárias para confirmar esses achados em estudos clínicos e investigar os mecanismos precisos pelos quais os receptores canabinoides influenciam o metabolismo lipídico e o comportamento no contexto do TEA.

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