Opioides, Cognição e Depressão em Idosos Indígenas Americanos: Um Estudo Detalhado
Um estudo recente investigou a relação entre o uso de opioides prescritos, função cognitiva e depressão em idosos indígenas americanos. Essa população enfrenta disparidades significativas no acesso à saúde e apresenta maior risco de condições crônicas, como doenças cardiovasculares, diabetes e derrame, o que frequentemente leva ao uso prolongado de opioides para tratamento da dor. A pesquisa buscou determinar se existe uma ligação entre o uso de opioides e o declínio cognitivo, bem como seu impacto na qualidade de vida e nos sintomas depressivos.
Os pesquisadores utilizaram dados do estudo ‘Strong Heart’, avaliando 818 participantes com idades entre 64 e 95 anos ao longo de duas visitas, entre 2010 e 2019. A avaliação cognitiva foi realizada por um painel de especialistas em neurologia, psicologia e epidemiologia. Os resultados indicaram que 12% dos participantes faziam uso de opioides prescritos. Surpreendentemente, a análise não revelou uma diferença significativa nas medidas neurocognitivas entre o grupo que utilizava opioides e o grupo que não utilizava. No entanto, o estudo confirmou uma associação entre o uso de opioides e o aumento dos sintomas depressivos, impactando negativamente a qualidade de vida.
Apesar da ausência de uma correlação direta entre o uso de opioides e o declínio cognitivo, os resultados reforçam a importância de monitorar a saúde mental de idosos indígenas americanos que utilizam opioides prescritos. O estudo destaca a necessidade de pesquisas adicionais para investigar os efeitos de longo prazo dos opioides na cognição, especialmente em populações com altas taxas de disparidades na saúde, uso de opioides e depressão. A compreensão aprofundada dessas relações pode auxiliar no desenvolvimento de intervenções direcionadas para melhorar a qualidade de vida e o bem-estar geral dessa população vulnerável. É crucial considerar abordagens integrativas que abordem tanto a dor crônica quanto a saúde mental, visando reduzir o risco de depressão e outros impactos negativos associados ao uso de opioides.
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