Saúde Desvendada

A recuperação após a cirurgia do tendão de Aquiles é um processo desafiador, que exige abordagens terapêuticas eficazes para restaurar a funcionalidade e minimizar a dor. Um estudo recente investigou os efeitos imediatos de duas técnicas de terapia manual: a Liberação Miofascial Compressiva (LMC) e a Mobilização da Articulação Talocrural (MAT), buscando entender qual delas oferece melhores resultados a curto prazo.

A pesquisa, publicada na revista Physiotherapy Theory and Practice, comparou os resultados de ambas as técnicas em um grupo de participantes submetidos à reparação cirúrgica do tendão de Aquiles. Os pesquisadores avaliaram as propriedades mecânicas passivas, a mobilidade do tornozelo e o desempenho funcional dos participantes após uma única sessão de LMC ou MAT. As propriedades mecânicas foram medidas através de um miotonometer, que avaliou o tônus, a elasticidade e a rigidez dos músculos gastrocnêmio medial e lateral, além do próprio tendão de Aquiles. Adicionalmente, foram utilizados testes como o Weight-Bearing Lunge Test (WBLT), o ângulo de repouso do tendão de Aquiles (ATRA) e a altura de elevação do calcanhar para avaliar a funcionalidade.

Os resultados indicaram que a LMC promoveu melhorias significativas na rigidez e no tônus dos músculos gastrocnêmio medial e lateral, superando os benefícios obtidos com a MAT. Embora ambas as técnicas tenham demonstrado ganhos em ATRA, altura de elevação do calcanhar e WBLT, sugerindo uma melhora funcional geral, a LMC se destacou na otimização das propriedades mecânicas dos tecidos moles. Estes achados sugerem que a LMC pode ser uma ferramenta valiosa no arsenal terapêutico para pacientes em recuperação de cirurgias do tendão de Aquiles, auxiliando na restauração da biomecânica adequada e na melhora da função muscular e tendínea. Mais pesquisas são necessárias para determinar os efeitos a longo prazo destas técnicas e identificar os pacientes que mais se beneficiariam de cada abordagem.

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