Osteopatia além da dor: Tratamento de queixas não musculoesqueléticas na Austrália e Nova Zelândia
A osteopatia é frequentemente associada ao tratamento de dores musculares e articulares. No entanto, um estudo recente realizado na Austrália e Nova Zelândia revelou que uma parcela significativa de osteopatas também trata pacientes com queixas não musculoesqueléticas. A pesquisa, publicada na revista Chiropractic & manual therapies, investigou as características desses profissionais e as abordagens terapêuticas que utilizam.
Os resultados indicaram que mais de um em cada dez osteopatas australianos e neozelandeses relatam tratar frequentemente pacientes com problemas que vão além do sistema musculoesquelético. As técnicas manuais mais utilizadas nesses casos são as técnicas viscerais, que visam melhorar a função dos órgãos internos, e a Osteopatia no Campo Craniano (OCF), uma abordagem suave que se concentra na mobilidade dos ossos do crânio e nas membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Além disso, o estudo observou que osteopatas que tratam frequentemente crianças de até 3 anos também são mais propensos a tratar queixas não musculoesqueléticas.
Este estudo oferece uma visão interessante sobre a prática da osteopatia e levanta questões importantes sobre a busca por tratamento osteopático para problemas de saúde diversos. É fundamental investigar se os pacientes procuram osteopatas especificamente para queixas não musculoesqueléticas ou se essas queixas são abordadas como uma consideração secundária durante o tratamento de problemas musculoesqueléticos. A pesquisa destaca a necessidade de uma compreensão mais aprofundada das aplicações da osteopatia e do perfil dos pacientes que buscam essa forma de cuidado para além das dores tradicionais.
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