Saúde Desvendada

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A dor lombar crônica não específica (DLCNLE) é um problema de saúde comum e oneroso, o que impulsiona a busca por estratégias de autogestão eficazes. Nesse contexto, aplicativos de saúde móvel (mHealth) surgem como intervenções promissoras, embora as evidências sobre sua real eficácia ainda sejam controversas. Um novo estudo multicêntrico se propõe a investigar a relação custo-benefício de uma intervenção mHealth supervisionada e personalizada, comparada à terapia de exercícios convencional, em indivíduos que sofrem de DLCNLE.

O estudo planeja comparar a intervenção mHealth com exercícios convencionais, recrutando participantes em clínicas de reabilitação física. Serão incluídos adultos entre 18 e 59 anos com dor lombar persistente por mais de 12 semanas. Os participantes serão divididos aleatoriamente em dois grupos: um que utilizará o aplicativo mHealth e outro que receberá orientações por meio de um manual de exercícios. A avaliação dos resultados será realizada em cinco momentos distintos ao longo de 12 meses. O principal indicador clínico será a incapacidade, avaliada pelo Questionário de Incapacidade de Roland-Morris. Outros indicadores secundários incluem dor (escala NRS), qualidade de vida (Eq. 5D5L), medos e crenças (FABQ), autoeficácia (PSEQ) e efeito global percebido.

A discussão do estudo ressalta que, embora os aplicativos mHealth demonstrem potencial para o tratamento da dor lombar, ainda há uma lacuna em relação às estratégias de personalização e acompanhamento. Este estudo busca determinar se a implementação de um cuidado estratificado e individualizado dentro de um aplicativo móvel, baseado em medidas de resultados relatadas pelo paciente e com a supervisão de um fisioterapeuta, pode ser uma abordagem eficaz e com bom custo-benefício para o tratamento da dor lombar crônica. O registro do estudo (NCT06651099) demonstra o compromisso com a transparência e rigor científico.

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