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Um novo estudo publicado no Journal of Autism and Developmental Disorders destaca uma importante lacuna na pesquisa sobre autismo: a falta de diversidade nas amostras utilizadas. A pesquisa, focada na integração multissensorial em indivíduos autistas, revela que a grande maioria dos estudos se concentra em jovens com autismo e com baixas necessidades de suporte. Essa falta de representatividade limita a compreensão das experiências de indivíduos autistas com altas necessidades de suporte (ANS), que podem apresentar desafios e características diferentes.

A integração multissensorial, ou seja, a forma como o cérebro processa informações de diferentes sentidos simultaneamente, tem se mostrado uma área promissora para entender o autismo. Estudos apontam para diferenças na forma como indivíduos autistas integram estímulos sensoriais, e essa peculiaridade tem sido associada a características centrais do transtorno. No entanto, a pesquisa ressalta que a maioria dos estudos nessa área negligencia a inclusão de participantes com ANS, o que impede uma visão completa e abrangente do espectro autista.

Os autores da pesquisa defendem a necessidade urgente de aumentar a diversidade nas amostras de pesquisa sobre autismo. Eles argumentam que a inclusão de indivíduos com altas necessidades de suporte, diferentes níveis de habilidade cognitiva e verbal, e diferentes comorbidades é fundamental para obter resultados mais precisos e relevantes. Além disso, destacam a importância de considerar o efeito do sexo na integração multissensorial em indivíduos autistas. Ao ampliar a representatividade nas pesquisas, será possível desenvolver intervenções e terapias mais eficazes e personalizadas para atender às necessidades de todos os indivíduos no espectro autista, promovendo uma melhor qualidade de vida e inclusão social.

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