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A mordida aberta anterior, uma condição em que os dentes da frente não se encontram ao fechar a boca, pode afetar a mastigação, a fala e até a estética facial. Um dos fatores que contribuem para o problema é a persistência de um padrão de deglutição infantil, onde a língua é posicionada incorretamente durante a deglutição. Para muitos, a cirurgia ortognática se apresenta como uma solução eficaz, mas a recidiva pós-cirúrgica é uma preocupação. Um estudo recente investigou os fatores que podem influenciar o retorno da mordida aberta após a cirurgia.

A pesquisa, publicada no The Journal of craniofacial surgery, acompanhou 50 pacientes submetidos à correção cirúrgica da mordida aberta anterior, com idades entre 15 e 47 anos. Os resultados revelaram que alguns fatores estão associados a um maior risco de recidiva. Pacientes mais velhos, com menor rotação no plano oclusal durante a cirurgia, menor expansão maxilar e ausência de genioplastia (cirurgia no queixo) apresentaram maior probabilidade de retorno da condição. Além disso, um período de reabilitação mais curto e menor adesão à fonoaudiologia também foram identificados como fatores de risco.

Os resultados do estudo destacam a importância da reabilitação pós-cirúrgica e das decisões cirúrgicas tomadas. A duração e o tipo de reabilitação, especialmente a fonoaudiologia para corrigir a posição da língua e os padrões de deglutição, parecem desempenhar um papel crucial na prevenção da recidiva. A rotação no sentido horário e a expansão maxilar durante a cirurgia também parecem ser importantes para garantir resultados duradouros. Este estudo reforça a necessidade de uma abordagem abrangente e individualizada no tratamento da mordida aberta anterior, considerando não apenas a correção cirúrgica, mas também a reabilitação e outros procedimentos complementares.

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