Saúde Desvendada

A tendinopatia do supraespinhal, uma causa comum de dor no ombro, pode limitar significativamente a funcionalidade e a qualidade de vida. Um estudo recente investigou a eficácia de uma abordagem terapêutica combinada, que envolve a eletrólise percutânea (PE), a estimulação nervosa periférica percutânea (PNS) e exercícios excêntricos (EE), comparando-a com a fisioterapia convencional.

O estudo, realizado com 46 participantes diagnosticados com tendinopatia do supraespinhal, dividiu aleatoriamente os indivíduos em dois grupos. Um grupo recebeu quatro sessões, ao longo de quatro semanas, da terapia combinada PE+PNS+EE. O outro grupo participou de dez sessões, durante duas semanas, de fisioterapia convencional, que consistia em ultrassom (US), estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) e o mesmo programa de exercícios excêntricos. Os resultados foram avaliados através da Escala Numérica de Avaliação da Dor (NPRS), da amplitude de movimento (ROM) do ombro, do Limiar de Dor à Pressão (PPT) e de questionários de incapacidade (DASH e SPADI), em diversos momentos: no início do tratamento, ao final, e em seguimentos de 12 e 24 semanas.

Os resultados demonstraram que o grupo PE+PNS+EE apresentou melhorias consistentemente maiores e estatisticamente significativas em praticamente todos os parâmetros de dor, mobilidade e funcionalidade, em todos os momentos de seguimento, em comparação com o grupo TENS+US+EE. As melhorias observadas no grupo da terapia combinada apresentaram tamanhos de efeito considerados de médio a grande. A conclusão do estudo aponta que a intervenção combinada PE+PNS+EE oferece um tratamento seguro e eficaz para a tendinopatia do supraespinhal, promovendo melhorias estatisticamente significativas na dor, mobilidade e função em comparação com a eletroterapia convencional. Essa abordagem representa uma alternativa promissora para o tratamento da condição, visando a recuperação da funcionalidade e a redução da dor em pacientes afetados.

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