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Um estudo recente investigou como diferentes métodos de identificação impactam as estimativas de prevalência do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e do Transtorno do Espectro Autista (TEA) em crianças. A pesquisa, realizada em cinco países europeus – Finlândia, França (Haute Garonne), Itália (Emilia Romagna), Noruega e País de Gales – analisou dados de saúde para comparar a eficácia de três algoritmos distintos na detecção desses transtornos.

Os algoritmos utilizados foram: (1) pelo menos um diagnóstico de TDAH ou TEA registrado em ambientes especializados, (2) pelo menos dois diagnósticos de TDAH ou TEA registrados na atenção primária, e (3) pelo menos uma prescrição de medicamento para o tratamento do TDAH. A análise envolveu dados de mais de 3 milhões de crianças, nascidas entre 1996 e 2020, abrangendo um extenso período de acompanhamento. Os resultados revelaram variações significativas nas taxas de prevalência entre os países e entre os diferentes algoritmos.

A prevalência de TDAH em ambientes especializados variou de 3,9 por 1000 crianças na Emilia Romagna a 24,1 na Finlândia. A prevalência de TEA nesses mesmos ambientes variou de 5,6 no País de Gales a 9,7 na Finlândia. O estudo destaca que os diagnósticos realizados por especialistas desempenham um papel crucial na identificação de crianças com TDAH e TEA, mas que dados da atenção primária e registros de prescrições podem complementar essas informações, permitindo uma identificação mais abrangente e precisa desses transtornos. A pesquisa também observou uma maior prevalência de TDAH e TEA em crianças com um tempo de acompanhamento mais longo e uma proporção de homens para mulheres variando de 3:1 a 4:1.

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