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A reconstrução do ligamento cruzado anterior (LCA) é um procedimento comum, mas muitos atletas enfrentam dificuldades para retornar ao desempenho ideal, muitas vezes apresentando assimetrias entre os membros. Um estudo recente investigou as alterações biomecânicas que ocorrem durante a fase de ‘descompressão’ (unweighting) do salto com uma perna (SLCMJ) em atletas recreativos que passaram por reconstrução do LCA. Este salto é frequentemente utilizado para avaliar a função do joelho após a cirurgia.

A pesquisa envolveu 53 atletas (11 mulheres e 42 homens) entre 6 e 9 meses pós-operatório. Os participantes realizaram o SLCMJ em uma plataforma de força dupla, que permitiu a medição precisa de diversos parâmetros, como altura do salto, velocidade de pico negativa, força mínima e deslocamento do centro de massa (COM). A análise comparou o membro reconstruído com o membro contralateral saudável.

Os resultados demonstraram que o membro reconstruído apresentou uma velocidade de pico negativa significativamente menor, indicando uma menor capacidade de gerar força rapidamente durante a fase inicial do salto. Adicionalmente, observou-se uma maior força mínima e um deslocamento reduzido do centro de massa, sugerindo uma alteração no controle neuromuscular durante o movimento. Em outras palavras, os atletas parecem compensar a fraqueza ou instabilidade no joelho operado utilizando estratégias diferentes. Estes achados destacam a importância de focar a reabilitação na restauração da força excêntrica e da simetria entre os membros, para otimizar o retorno ao esporte após a reconstrução do LCA. A identificação destas alterações biomecânicas sutis pode auxiliar na elaboração de programas de reabilitação mais eficazes e personalizados.

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