Fadiga, Atividade Física e Saúde Postural em Universitários: Um Estudo Detalhado
A fadiga, muitas vezes subestimada, pode ser um indicador valioso da relação entre atividade física, comportamento sedentário e a saúde musculoesquelética, especialmente em jovens adultos. Um estudo recente investigou as diferenças de gênero nessa relação, analisando como diferentes tipos e níveis de atividade física, postura, qualidade do sono e dor lombar não específica se manifestam em estudantes universitários.
A pesquisa, que envolveu 180 estudantes entre 18 e 25 anos, revelou que as mulheres apresentaram níveis mais elevados de fadiga total, associados a uma maior participação em atividades físicas. Em contraste, os homens mostraram maior fadiga quando se engajavam em menos atividades físicas moderadas e vigorosas. O comportamento sedentário, por sua vez, intensificou a fadiga em ambos os sexos, embora as mulheres tenham relatado passar mais tempo sentadas. A má qualidade do sono também se mostrou um fator importante, correlacionando-se com dor lombar e fadiga relacionada ao sono, particularmente em mulheres.
Além disso, o estudo identificou associações entre a postura e a fadiga. Homens com hipercifose acentuada e mulheres com lordose pronunciada relataram maior fadiga. Nas mulheres, uma maior fadiga também foi associada a uma maior razão entre extensores e flexores do tronco, sugerindo que os músculos extensores do tronco se tornam mais fatigados devido à necessidade de manter a estabilidade da coluna lombar. Estes achados ressaltam a importância de considerar as diferenças de gênero ao recomendar atividades físicas, visando prevenir distúrbios musculoesqueléticos crônicos e fadiga em jovens adultos.
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