Estimulação da Medula Espinhal: Uma Alternativa para Dor Crônica nas Costas
A dor crônica nas costas representa um desafio significativo para a saúde global, afetando uma grande parcela da população mundial. Embora muitos pacientes respondam bem a tratamentos não cirúrgicos, uma parte considerável encontra alívio através de intervenções cirúrgicas. No entanto, existe um grupo de pacientes que não obtém sucesso com os métodos convencionais e também não são elegíveis para cirurgia na coluna. Para esses indivíduos, a estimulação da medula espinhal (EME) pode surgir como uma opção terapêutica viável.
Um estudo recente, baseado em um consenso Delphi, investigou as opiniões de especialistas em dor e áreas relacionadas sobre o uso da EME em pacientes com dor crônica nas costas que não são candidatos à cirurgia. O método Delphi envolveu a coleta e análise de opiniões de um painel de especialistas através de questionários iterativos, buscando um consenso sobre um determinado tópico. Neste caso, o painel avaliou 35 afirmações sobre a EME, abrangendo diversos aspectos do tratamento. A pesquisa envolveu profissionais como médicos especialistas em dor, fisioterapeutas, cirurgiões ortopédicos e neurocirurgiões, entre outros.
Os resultados do consenso Delphi revelaram um alto nível de concordância entre os especialistas. A maioria das afirmações avaliadas atingiu um consenso forte, indicando um apoio significativo ao uso da EME em pacientes selecionados com dor crônica nas costas. O grupo de direção do estudo identificou sete achados chave a serem considerados no tratamento da dor, oferecendo um ponto de partida para identificar pacientes que podem se beneficiar da terapia com EME e o momento ideal para avaliar a elegibilidade para o tratamento. A estimulação da medula espinhal se apresenta como uma alternativa importante para o manejo da dor crônica, especialmente para aqueles que não podem se submeter à cirurgia. É crucial que a decisão de utilizar a EME seja tomada em conjunto com uma equipe médica multidisciplinar, avaliando cuidadosamente os benefícios e riscos para cada paciente.
Origem: Link