Dor Musculoesquelética Crônica: Como a Percepção da Dor e o Medo do Movimento se Conectam
A dor musculoesquelética crônica é uma condição debilitante que impacta significativamente a qualidade de vida dos indivíduos. Um estudo recente investigou a complexa relação entre a intensidade da dor, a percepção individual da dor e a cinesiofobia, que é o medo do movimento, em pacientes que sofrem dessa condição. A pesquisa buscou entender como esses fatores interagem e influenciam a experiência da dor crônica.
O estudo envolveu 37 participantes com dor musculoesquelética crônica não específica, que afetava diferentes áreas do corpo, como pescoço, lombar, membros superiores e inferiores, e ombro. Os pesquisadores utilizaram ferramentas de avaliação validadas, incluindo o Pain Beliefs and Perceptions Inventory (PBPI), a Escala Tampa para Cinesiofobia (TSK) e o Short-Form McGill Pain Questionnaire (SF-MPQ), para medir a percepção da dor, o medo do movimento e a intensidade da dor, respectivamente. A análise dos dados revelou correlações significativas entre esses fatores.
Os resultados indicaram que a cinesiofobia, ou o medo de se movimentar devido à dor, estava positivamente associada à intensidade total da dor, à intensidade da dor presente, à duração da dor e a certos aspectos da percepção da dor, como o fator “mistério”. Além disso, a percepção geral da dor estava ligada ao fator “medo de lesão” da cinesiofobia. Em outras palavras, quanto maior o medo de se machucar, maior a percepção da dor. Esses achados destacam a importância de abordar tanto a dor física quanto os aspectos psicológicos, como o medo do movimento, no tratamento da dor musculoesquelética crônica. Intervenções que visam reduzir a cinesiofobia e melhorar a percepção da dor podem ser cruciais para melhorar os resultados da reabilitação e a qualidade de vida dos pacientes.
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